“Vamos disponibilizar uma ajuda financeira de 700 milhões de euros para a Grécia e isto divide-se em 350 milhões que ficam já disponíveis e outros 350 milhões de euros que podem vir a ser requeridos como uma verba prometida”, divulgou a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, falando em conferência de imprensa na Grécia após uma visita a campos de refugiados.

Realçando as “circunstâncias extremas e a situação difícil e tensa” no país, a responsável precisou que “a ajuda financeira será destinada à gestão da questão migratória, de forma geral, para construir e manter as infraestruturas necessárias”.

Na ocasião, Ursula von der Leyen informou também que, a pedido da Grécia, foi ativado o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, visando assim que aquele país “possa receber assistência médica, em termos de equipas e de equipamentos, como abrigos e cobertores, enquanto de tal necessite”.

“Vamos continuar em contacto muito próximo para garantir que damos todo o apoio necessário”, adiantou a presidente do executivo comunitário.

A Grécia enfrenta uma brutal pressão nas suas fronteiras externas com a Turquia depois de o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ter decidido ‘abrir as portas’ aos refugiados que pretendem rumar à Europa, numa tentativa de garantir mais apoio ocidental na questão síria.

Também por isso, na segunda-feira, a agência europeia da guarda costeira, a Frontex, aceitou lançar uma intervenção rápida nas fronteiras externas da Grécia, para ajudar as autoridades gregas face ao fluxo de refugiados oriundos da Turquia.

A decisão do diretor-executivo da Frontex, Fabrice Leggeri, surgiu na sequência de um pedido do governo grego, que no domingo à noite solicitou oficialmente à agência o lançamento de uma intervenção rápida nas suas fronteiras marítimas no Mar Egeu.

Hoje, Ursula von der Leyen precisou que a operação rápida da Frontex será feita pelo mar, terra e por via aérea, nomeadamente através da alocação de embarcações, helicópteros e de aeronaves e ainda da disponibilização de mais 100 guardas costeiros aos cerca de 530 que a agência já tem nas fronteiras gregas.

“Esta é uma responsabilidade da Europa porque as fronteiras gregas são as fronteiras europeias”, salientou a presidente da Comissão Europeia.

Num claro aviso à Turquia, Ursula von der Leyen vincou: “Todos os que tentam testar a unidade europeia vão ficar desapontados, pelo que esta é altura de reafirmarmos os nossos valores europeus”.

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