Matteo Salvini acusou hoje Malta de ajudar a chegar a Itália um grupo de imigrantes que atravessaram o Mediterrâneo, afirmando que as autoridades maltesas deram combustível e uma bússola.

A acusação é baseada no testemunho de 13 imigrantes (10 tunisinos e três do Corno de África) à sua chegada à ilha de Lampedusa e os investigadores acreditam que "há indícios que tornam credível esta versão", segundo fontes do Ministério do Interior.

Por sua vez, o ministro do Interior e Segurança Nacional de Malta, Michael Farrugia, respondeu a Salvini e pediu "para parar o jogo" e as suas acusações: "Deixe de criticar Malta por cumprir o seu dever e tome nota do que a Itália deveria fazer para cuidar da segurança no mar e cumprir as suas obrigações internacionais".

Farrugia disse ainda que "Salvini deveria entender que os imigrantes no mar nem sempre estão em apuros e se negam a ser socorridos não é possível permitir-lhes que prossigam a sua viagem".

A embarcação partiu de Tunes com 13 imigrantes a bordo e foi avistada à deriva na noite de quinta-feira pela polícia italiana na zona de busca e resgate marítimo de Malta.

Tudo indica que a embarcação tinha ficado sem combustível, pelo que foi auxiliada pelas autoridades maltesas depois de ter solicitado a Itália.

O barco foi intercetado por um navio em que, segundo o testemunho dos próprios imigrantes, viajavam agentes "com uniformes da Guarda Costeira maltesa".

Estas pessoas alegadamente encheram o depósito da embarcação com combustível e ofereceram água, coletes salva-vidas e uma bússola para que os imigrantes chegassem a Itália, chegando a escoltá-los durante uma hora.

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