"Por mim, quanto mais depressa o Governo cair, melhor para a Madeira", comentou o social-democrata, à margem da cerimónia de entrega de um veículo tanque tático florestal à corporação dos Bombeiros Municipais de Santa Cruz.
"Eu aqui não tenho crise política, porque aqui na Madeira o que nós prometemos cumprimos", acrescentou aos jornalistas Miguel Albuquerque, que tem apontado com frequência incumprimentos do Governo socialista para com a região.
No seu entender, existe "um problema no quadro nacional”, uma vez que "prometeram aos professores a carreira e depois não cumpriram, e daí um cenário de eventual crise".
O governante, que se recandidata ao cargo nas eleições regionais de setembro, disse não saber se esta situação "é um bluff ou não", mas considerou estar em causa algo "típico deste Governo: promete e não faz".
Se existir uma crise política, sublinhou, "é normal, uma vez que este Governo não teve a maioria para governar".
O parlamento aprovou na quinta-feira uma alteração ao decreto do Governo sobre o tempo de serviço congelado dos professores, com os votos contra do PS e o apoio de todas as outras forças políticas, estipulando que o tempo de serviço a recuperar são os nove anos, quatro meses e dois dias reivindicados pelos sindicatos docentes.
Na sequência deste passo do parlamento, o primeiro-ministro convocou para hoje de manhã, com caráter de urgência, uma reunião extraordinária de coordenação política do Governo.
António Costa irá também reunir-se com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fazendo depois uma declaração ao país.
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