As declarações de Pence acontecem horas depois de o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ter solicitado medidas rápidas “contra os tiranos de Teerão”, por parte dos aliados, para evitar “outro holocausto”.
Os Estados Unidos foram os aliados a apresentar a mais rápida resposta a este apelo e – durante as comemorações dos 75 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz, que decorreu hoje em Jerusalém – Mike Pence mostrou total sintonia com os receios do Governo israelita perante a ameaça iraniana.
“Precisamos de nos preparar para enfrentar a onda de antissemitismo (…). Temos de nos manter firmes perante aquele que é o mais antissemita dos países”, disse Mike Pence, lembrando a necessidade de impedir o Irão de desenvolver o seu programa nuclear, que tornaria aquele país uma séria ameaça para o mundo.
Benjamin Netanyahu já tinha alertado para a possibilidade de a ameaça nazi se repetir, pela mão do regime de Teerão, explicando que o seu programa nuclear pode ameaçar a própria existência do estado hebraico.
Teerão tem negado pretender desenvolver um programa nuclear para fins militares, mas Israel e Estados Unidos consideram seriamente essa hipótese e Donald Trump abandonou o acordo nuclear com o Irão, acusando o regime de não cumprir as diretrizes do tratado, tendo desde então aplicado severas sanções económicas.
Nas últimas semanas, a tensão aumentou entre os dois países, depois de os Estados Unidos terem assassinado um alto comandante iraniano, no Iraque, que provocou uma retaliação por parte do Irão, que atacou várias bases militares iraquianas onde estão destacados militares norte-americanos.
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