As oito "e-gates de nova geração" foram instaladas no sábado e possibilitam, "em menos de 20 segundos", fazer "a leitura dos passaportes com dados biométricos", referiu o SEF em comunicado, precisando que "a autenticação do documento de viagem" é efetuada "através de um sistema de reconhecimento facial que compara, no momento, o rosto do passageiro com a fotografia registada no 'chip' do documento".
Depois de validado o processo de identificação do passageiro, que "inclui uma pesquisa em bases de dados internacionais", o passageiro é autorizado a prosseguir viagem, acrescentou o SEF, enfatizando que controlou, nas últimas 48 horas, no aeroporto de Faro, mais de 22 mil passageiros e 103 voos, "sem qualquer registo de reclamações relativamente a tempos de espera no controlo documental".
Na sexta-feira, a ANA - Aeroportos de Portugal, empresa que gere os aeroportos nacionais, responsabilizou o SEF pela acumulação de passageiros nas chegadas ao aeroporto de Faro, invocando a sua falta de recursos.
O SEF voltou hoje a reconhecer que o controlo de fronteira no aeroporto de Faro continua a funcionar na chamada "zona de inverno", uma "zona exígua face ao crescente número de passageiros após a abertura do corredor aéreo com o Reino Unido", na sequência da pandemia de covid-19.
Em comunicado anterior, na sexta-feira, o SEF alegou que o controlo está a ser feito nessa zona, e não na habitual "zona de verão", que tem mais postos de atendimento, "por determinação da ANA".
Na quarta-feira, a chegada simultânea ao aeroporto de Faro de oito voos, com mais de 800 passageiros, levou os viajantes a acumularem-se na zona de controlo de documentos.
Por causa do ocorrido, o SEF colocou no aeroporto algarvio mais 12 inspetores, a que se somam outros cinco (e não 10 como anunciou anteriormente) a partir de terça-feira, adiantou a nota hoje divulgada.
Há dois dias, o SEF comprometeu-se com a entrada em funcionamento, na segunda-feira, de 16 "e-gates de nova geração" no aeroporto de Faro - oito na zona das chegadas e oito na zona das partidas.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 843 mil mortos e infetou mais de 25 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.819 pessoas das 57.768 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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