A maré negra, considerada o pior desastre ambiental nesta ilha do Índico, foi provocada a 25 de julho pelo navio japonês MV Wakashio, que embateu num recife de coral cerca de uma milha ao largo das Maurícias e derramou mais de 1.000 toneladas de combustível.
Nos últimos dias, pelos 39 golfinhos e três baleias deram à costa, mortos.
Os manifestantes, 50 mil, segundo os organizadores, 75 mil, segundo a imprensa local, marcharam pacificamente pela capital com bandeiras das Maurícias, cartazes com inscrições como “Tenham vergonha” e “inação” e balões em forma de golfinho.
Muitos manifestantes estavam vestidos de negro, simbolizando a maré negra.
“Esta manifestação serve para enviar uma mensagem a [o primeiro-ministro] Pravind Jugnauth de que falhou na gestão do naufrágio do Wakashio”, afirmou à France-Presse Jocelyne Leung, 35 anos, administrativa.
Por várias vezes, os manifestantes gritaram palavras de ordem exigindo a demissão do primeiro-ministro, acusado de ter demorado demasiado tempo a ordenar os trabalhos de remoção do petróleo.
Segundo a agência, a última vez que uma manifestação juntou tantas pessoas em Port Louis foi em 1982, após a vitória da oposição nas eleições legislativas.
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