Esta peregrinação está integrada na 51.ª Semana das Migrações, promovida pela Obra Católica Portuguesa para as Migrações, organismo da Comissão Episcopal da Pastoral Social e das Mobilidade Humana (CEPSMH).
Numa mensagem para esta semana, a Comissão Episcopal sublinha que as migrações são um “fenómeno incontornável”, que pode “servir de instrumento para uma maior justiça social”.
Em nota emitida a propósito desta Semana Nacional das Migrações, a Comissão Episcopal lembra as notícias que despertam a “sensibilidade diante da tragédia de migrantes e refugiados que perdem a vida na travessia do Mediterrâneo. Uma tragédia que, por se repetir, corre o risco de se banalizar”.
Evocando uma mensagem do Papa Francisco, defendendo que deveria ser garantido a todos o direito a não ser forçado a emigrar, o direito de cada pessoa poder viver em paz e de um modo digno na sua própria terra, no seu meio, entre a própria família e realizar-se pessoalmente, a CEPSMH admite que “não é realista pensar que nesta geração esse direito seja garantido para todos”, pelo que há que “garantir também o direito a sair da sua terra e emigrar para ter acesso a uma vida digna".
“As migrações são, por isso, um fenómeno incontornável, que pode servir de instrumento para uma maior justiça social, concretizar o princípio pilar da doutrina social da Igreja: o destino universal dos bens da Terra”, acrescenta a Comissão Episcopal.
A peregrinação de sábado e domingo, considerada uma das maiores do ano à Cova da Iria, conta tradicionalmente com muitos emigrantes portugueses que se encontram no país em gozo de férias, bem como com um crescente número de imigrantes radicados em Portugal.
A peregrinação segue o programa habitual, com a recitação do terço, na Capelinha das Aparições, a partir das 21:30, seguida de procissão de velas e liturgia da Palavra, no altar do recinto, a marcar o primeiro dia.
No domingo, e depois de uma noite de vigília, será novamente recitado o terço, na Capelinha, a partir das 09:00, a que se seguirá a missa, a bênção dos doentes, a consagração e a procissão do Adeus.
Cumprindo uma tradição iniciada há 83 anos por um grupo de jovens da Juventude Agrária Católica de 17 paróquias da então diocese de Leiria, no domingo terá lugar a tradicional oferta de trigo ao Santuário de Fátima.
Segundo informação do santuário, em 2022, foram oferecidos 5.727 quilogramas de trigo, mais de 3.300 litros de azeite e 344 quilogramas de farinha.
No santuário durante o ano de 2022 foram consumidas 11.000 hóstias médias e mais de 1,5 milhões de partículas nas 2.545 missas do programa oficial.
Comentários