De acordo com a agência Efe, a manifestação começou ao meio dia nos arredores da capital galega e percorreu as ruas do centro histórico de Compostela, até chegar à icónica praça da Quintana, onde fica a Catedral, contando com a presença de representantes dos partidos En Marea e BNG.
No fim de semana passado, mais de 250 incêndios florestais deflagraram em diferentes pontos da Galiza, provocando a morte a quatro pessoas e queimando cerca de 35.500 hectares.
No local, os milhares de participantes leram um manifesto em que pediram a retirada da recente “lei da depredação” da Galiza, aprovada esta semana no parlamento com os votos exclusivos do PP.
A Efe refere que esta lei, entre outras medidas, favorece a proliferação de espécies de queima rápida, como o eucalipto.
Durante a marcha, os manifestantes mostraram cartazes onde se lia “A Galiza diz não à lei da depredação, fogos florestais nunca mais!”, “Atrás de um incendiário há um empresário” ou “Feijoo renuncia, a Galiza não admite”.
O protesto, convocado pela Plataforma Galega contra a Lei da Depredação, destinava-se inicialmente a expressar a rejeição desta nova legislação, mas transformou-se numa crítica à forma como a Junta da Galiza geriu os últimos incêndios.
No domingo passado, o presidente da Junta da Galiza descreveu como complexa a situação naquela região espanhola devido a uma “atividade incendiária homicida”, seca persistente e descontrolo dos incêndios em Portugal, que “saltaram o [rio] Minho” pela primeira vez.
Já na segunda-feira milhares de pessoas concentraram-se em vários municípios para protestar contra a gestão da Junta da Galiza, depois de incêndios florestais terem afetado a região e causado a morte de quatro pessoas, manifestando solidariedade com Portugal.
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