Os militares estabeleceram um cerco em torno da região e, para isso, fizeram uso de 24 veículos blindados e 18 navios da Marinha, informou hoje o Comando Militar do Oriente (CML) em um comunicado.

“O que é diferente nesta operação em relação a outras é que existe também um setor marítimo neste cerco com navios da Marinha do Brasil”, disse o porta-voz da CML, Coronel Roberto Itamar.

A operação é realizada com o apoio das diferentes forças policiais do Brasil (Militar, Civil, Federal e Estradas), que cortaram algumas ruas do município em busca de criminosos, armas e drogas.

Nessa área, além disso, há restrições do espaço aéreo para aeronaves civis, embora isto não afete a operação dos aeroportos do Rio de Janeiro.

As autoridades identificaram alguns bairros de São Gonçalo como pontos de tráfico de drogas muito ativos na região.

As Forças Armadas brasileiras realizaram outras operações semelhantes nas últimas semanas em várias favelas do Rio de Janeiro, a cidade mais emblemática do Brasil que vive uma onda de violência sem precedentes desde a celebração dos Jogos Olímpicos de 2016.

A crise de segurança forçou o Governo do presidente Michel Temer a enviar 10 mil membros das Forças Armadas para fortalecer a segurança na região, com a perspetiva de permanecer lá até o final de 2018.

De acordo com dados oficiais, até o final de outubro, a mobilização das Forças Armadas para o Rio já custou cerca de 25 milhões de reais (cerca de 7,7 milhões de dólares) aos cofres públicos.

Até o momento, de acordo com as associações da sociedade civil, em todo o estado do Rio de Janeiro, cuja população está concentrada principalmente na capital, houve cerca de 4.000 mortes violentas e, entre as vítimas, há mais de cem policiais assassinados.