"Conversei com o presidente: empresa que parar será empresa tomada pelos trabalhadores e pelas Forças Armadas", disse Cabello, no seu programa de televisão.

Após os protestos desta quarta-feira, em todo o país, os principais líderes da oposição - reunidos na Mesa da Unidade Democrática (MUD) - convocaram uma greve geral de 12 horas para a próxima sexta-feira e uma manifestação junto ao palácio presidencial para 3 de novembro.

"Não há mais volta, vamos ver como ficam as coisas (...). Aqui não vamos permitir tumulto e você decidirá, senhor empresário, se continua com estes loucos ou trabalha com o governo por esta pátria", desafiou Cabello.

Entretanto, A Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) declarou sua "lealdade incondicional" a Maduro.

A oposição quer realizar um referendo para destituir Maduro ainda este ano e tem acusado o Conselho Nacional Eleitoral de atrasar propositadamente a calendarização das diferentes etapas do processo, para protelar a saída do Presidente do poder.

A 21 de outubro último o CNE adiou, “até nova ordem judicial”, a recolha de assinaturas para a realização do referendo que estava prevista para 26, 27 e 28 de outubro, depois de ter sido anunciado que foram anuladas, por tribunais, as assinaturas recolhidas na fase anterior do processo, correspondentes a 1% dos eleitores.

Se o referendo se realizar até 10 de janeiro de 2017, deverão ser convocadas novas eleições presidenciais, segundo a legislação venezuelana. Depois dessa data, será o vice-presidente em funções a substituir Maduro até ao final da legislatura.