“Tendo a deputada Assunção Cristas voltado hoje a prestar declarações que atentam contra a verdade, afirmando que o Governo não disponibiliza os fundos comunitários aos agricultores, o Ministério da Agricultura apresenta os seguintes dados: Estão neste momento contratados 19.109 projetos de investimento no âmbito do PDR2020, aos quais corresponde um apoio público superior a 1.400 milhões de euros. Em dezembro de 2015 estavam contratados 0 (zero!) projetos”, lê-se num comunicado emitido pelo ministério de Capoulas Santos.
No documento, intitulado “Ministério da Agricultura aconselha penitência a Cristas por faltar à verdade”, afirma-se também que está regularizado um alegado “buraco financeiro” de 200 milhões de euros nas medidas agroambientais, “deixado em novembro de 2015, tal como foi reconhecido pela própria”.
O ministério garante que “Portugal é, neste momento, o terceiro estado-membro da União Europeia com melhor execução do Programa de Desenvolvimento Rural [PDR]”.
“Está retomado investimento no regadio, com a execução do Programa Nacional de Regadios, que se traduz numa ampliação de 95 mil hectares de regadio, através de um investimento público de 540 milhões de euros que criará mais de 10.500 postos de trabalho permanentes. Em novembro de 2015 a ampliação do regadio foi dada como concluída”, prossegue-se na nota.
O Ministério da Agricultura lamenta, por fim, “mais uma vez ser obrigado a repudiar e a condenar com veemência” declarações que atribui a “desespero político de quem se vê diariamente confrontada com o sucesso de um setor de que o país se orgulha” e que “contraria a política de terra queimada que a deputada Assunção Cristas pratica”.
A líder do CDS-PP, que foi ministra da Agricultura no Governo PSD/CDS-PP, disse hoje, em Valada, distrito de Santarém, que a agricultura “tem sido o parente pobre do Governo”, que não está a aplicar “devidamente” os fundos europeus disponíveis.
Durante uma visita à Agroglobal – Feira das Grandes Culturas, a líder centrista disse ter encontrado nesta feira profissional “uma coisa extraordinária, um setor resiliente, a trabalhar, a crescer”, mas onde escutou críticas a um Governo, liderado pelo socialista António Costa, que “não disponibiliza os fundos comunitários, que não põe o PDR2020 a funcionar bem”, levando “muita gente” a “desistir de fazer candidaturas e concursos”.
“Não estão para ficar à espera, perante a incerteza andam por si. Se têm dinheiro, investem, se não têm, não estão à espera dos fundos comunitários, o que é pena porque com essa alavanca e esse apoio certamente este dinamismo e a vivacidade do setor poderia ser mais aproveitada e levar-nos mais longe”, declarou Assunção Cristas.
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