Fonte oficial do gabinete da ministra da Saúde adiantou hoje à agência Lusa que os vários sindicatos de enfermeiros foram convocados para uma reunião com elementos do Governo das áreas da Saúde e das Finanças, que será na quinta-feira em Lisboa.
No final da reunião de negociações com o Governo que decorreu na sexta-feira a dirigente da Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) Lúcia Leite disse à Lusa que os sindicatos, face aos compromissos obtidos, decidiam manter a greve dos enfermeiros convocada entre 14 de janeiro e 28 de fevereiro, mas admitindo desconvocá-la se o executivo marcasse nova reunião negocial para 17 de janeiro, o que agora se verifica.
A ronda negocial relativa à carreira de enfermagem resultou em algumas cedências aos profissionais - como a criação da categoria de enfermeiro especialista e o descongelamento das progressões na carreira - mas não em todas as reivindicações sindicais, que exigem também aumentos salariais e a antecipação da idade da reforma.
A greve convocada para se iniciar na segunda-feira segue o modelo da que já ocorreu entre 22 de novembro e 31 de dezembro e que teve origem num movimento de enfermeiros que lançou uma recolha de dinheiro numa plataforma ‘online’ para ajudar a financiar os colegas durante a paralisação.
Na ocasião, a recolha de fundos atingiu 360 mil euros e hoje os enfermeiros voltaram a atingir o objetivo financeiro para a greve prevista para arrancar na segunda-feira, tendo a recolha de fundos através de uma plataforma ‘online’ ultrapassado os 400 mil euros pretendidos.
Às 11:20 de hoje o valor estava nos 400.777 euros.
A greve convocada poderá afetar blocos cirúrgicos de sete centros hospitalares: os dois centros do Porto, Braga, Vila Nova de Gaia/Espinho, Entre Douro e Vouga, Tondela/Viseu e Garcia de Orta.
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