“O Ministério Público requer que, assim que o embargo das declarações seja ultrapassado”, se dê “inicio ao cumprimento das penalidades”, disse o a entidade numa nota hoje enviada ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região.

Em janeiro, três magistrados do Tribunal Regional aumentaram de nove para 12 anos de prisão a sentença atribuída a Lula da Silva.

A 20 de fevereiro, a defesa do ex-presidente apresentou os embargos de declaração, que não podem modificar a sentença ditada, uma vez que foi atribuída por unanimidade, mas solicitam esclarecimentos sobre a decisão.

Uma decisão preventiva do Supremo Tribunal, tomada em 2016, permite que uma sentença comece a ser aplicada quando todos os recursos forem concluídos em segunda instância, mesmo quando existe a possibilidade de outros recursos em instâncias superiores.

Neste sentido, o Ministério Público defende que a sentença contra o ex-Presidente deve manter-se, embora seja favorável à correção de “dois erros materiais” da acusação.

Além do risco de prisão, a condenação de segunda instância imposta a Lula da Silva pode impedi-lo de concorrer nas próximas presidenciais do Brasil, que acontecem em outubro, embora Lula tenha sido lançado pré-candidato pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e lidere as sondagens no país.