Em causa está o homicídio de um homem de 67 anos, perpetrado pelo namorado deste, em junho de 2018, no concelho de Torres Vedras, no distrito de Lisboa.

Segundo a acusação, a que agência Lusa teve acesso, os factos ocorreram na casa do arguido.

“Enquanto a vítima se vestia, o arguido embebeu de éter uma camisola, deslocou-se pela sua retaguarda e colocou-a sobre as vias respiratórias daquele, pressionando, para o deixar inconsciente com o intuito de se apropriar do [seu] veículo", refere o MP.

A acusação diz ainda que, como a vítima sofreu resistência e ambos acabaram por cair no sofá, o arguido “colocou as mãos no pescoço do ofendido até aquele deixar de se mexer”.

A vítima morreu “em consequência da sufocação, através da oclusão das vias aéreas respiratórias e boca e constrição do pescoço”.

O caso começou a ser julgado na quinta-feira no Tribunal da Comarca de Lisboa Norte, em Loures, tendo-se realizado também as alegações finais, durante as quais o MP pediu uma pena de prisão até 15 anos.

Em declarações à agência Lusa, o advogado do arguido, José Prieto Henriques, explicou que o tribunal conseguiu provar os factos descritos na acusação, mas não foi capaz de determinar os motivos que levaram ao homicídio.

José Prieto Henriques disse ainda que o seu cliente não possui “capacidade de discernimento”.

A acusação do MP refere que o arguido, que não tem ocupação profissional e é consumidor de estupefacientes, está em prisão preventiva.

A leitura do acórdão está agendada para o dia 28 de março, às 14:00.

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