Em comunicado, o Ministério da Administração Interna (MAI) sublinhou que “apesar dos danos materiais, a situação está controlada e perspetiva-se a melhoria do estado do tempo”.
A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, esteve, na quinta-feira, no Algarve, “com o objetivo de avaliar, fazer o ponto de situação e inteirar-se das medidas em relação às cheias e inundações, que estavam previstas para algumas zonas daquela região”, mantendo-se agora a acompanhar os mais recentes desenvolvimentos “em articulação com os autarcas daquela região, e em contacto permanente com a Autoridade Nacional de Proteção Civil”.
“Pese embora o descarrilamento esta manhã, de um comboio perto de Olhão — felizmente sem feridos a lamentar — devido ao deslizamento de uma pedra de grandes dimensões, na sequência do mau tempo que afeta a região e, ainda, a existência de algumas zonas inundadas, perfeitamente controladas pelos dispositivos de proteção municipal, respetivos, em plena articulação e coordenação com as autoridades policiais e dispositivo da Proteção Civil, as condições meteorológicas começam a dar sinais de melhoria e de desagravamento”, pode ler-se no texto divulgado hoje pelo MAI.
Desde as 00:00 de sexta-feira, até ao começo da tarde de hoje, tinham sido registadas no Algarve 148 ocorrências, que envolveram 441 operacionais e 178 meios terrestres.
Os concelhos mais afetados e onde se registou o maior número de ocorrências foram os de Olhão e Tavira, no sotavento (este) algarvio.
Na sexta-feira, duas pessoas ficaram desalojadas em Castro Marim e outras duas tiveram de ser resgatadas em Tavira, uma de dentro de uma viatura na Ribeira do Almargem e outra de uma habitação.
Hoje de manhã, uma mulher foi resgatada depois de ter caído na Ribeira de Alfandanga, em Olhão, uma das zonas mais afetadas pelas inundações das últimas 24 horas, tendo depois sido transportada para a Unidade Local de Saúde do Algarve.
De acordo com a CP, mantém-se a interdição na linha ferroviária do Algarve na Fuseta (concelho de Olhão) devido ao descarrilamento de uma composição, causado por pedras na linha, arrastadas pelas chuvas.
“Informamos que devido a um descarrilamento, causado por pedras na via, a ligação Fuzeta-Olhão está a ser feita por transbordo rodoviário, não se prevendo resolução imediata. A ligação ferroviária entre Vila Real de Santo António e Fuzeta e entre Olhão e Faro continua a ser realizada por comboio”, indica o ‘site’ da transportadora ferroviária.
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