Numa audição no Parlamento, Graça Fonseca foi questionada pelos grupos parlamentares do PSD, Bloco de Esquerda, PCP e CDS-PP sobre a demora do processo de integração de 25 jornalistas precários que já tiveram parecer favorável, mas ainda não entraram para os quadros da agência de notícias.
Em resposta, a ministra recordou que homologou os pareceres favoráveis aos jornalistas “pouco depois” de os ter recebido da Comissão de Avaliação Bipartida (CAB) da Cultura, e que esta comissão “tem dado os esclarecimentos que têm sido solicitados pelo Ministério do Trabalho”, para que se conclua o processo.
“Acompanho a evolução da situação”, disse, esperando que a integração dos jornalistas seja “o mais célere possível”.
A ministra da Cultura foi questionada pelos deputados um dia depois de os Órgãos Representativos dos Trabalhadores da Lusa (ORT) terem divulgado uma carta aberta a denunciar que o processo de integração dos jornalistas está ‘preso’ no Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
“Em causa está o Ministério do Trabalho considerar que, dos 25, apenas oito processos se encontram bem fundamentados pela CAB, enquanto nos restantes 17 faltam elementos que comprovem a ligação à Lusa (dependência económica e/ou regularidade de pagamentos)”, lê-se na carta aberta.
Os “ORT estranham as dúvidas colocadas sobre a estreita ligação destes jornalistas à Lusa, tendo em conta que são considerados essenciais ao trabalho da agência e necessidades permanentes pela própria empresa”, e apelam para “que haja uma urgente fundamentação destes processos para que possam avançar”.
Os jornalistas precários já fizeram chegar as suas preocupações num documento entregue hoje em mãos à ministra da Cultura e noutras ocasiões ao Presidente da República e aos líderes do PSD e PCP.
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