“A UA é pioneira, mas estou certa de que é só mesmo o primeiro destes centros, porque outras universidades procurarão seguir esta ideia”, disse Mariana Vieira da Silva, durante a inauguração deste CLAIM.

No seu discurso, a governante referiu que estes centros se destinam a todos os migrantes, contrariamente à ideia que passa, muitas vezes, de que são para pessoas “com menos apoios, que são menos escolarizadas, que chegam a Portugal às vezes em situações até irregulares, que trabalham em trabalhos não especializados”.

“Uma visão de integração de todos no nosso país não é uma visão para nenhum tipo de migrante – é uma visão para todos os migrantes. E, portanto, estar aqui a abrir este centro, numa Universidade onde as pessoas que chegam de outros países são pessoas mais qualificadas que vêm em busca da internacionalização do ensino superior, é um excelente sinal”, afirmou.

Mariana Vieira da Silva destacou ainda o facto de este ser o centésimo centro a abrir portas em todo o país, considerando “importantíssima” esta capacidade de “responder em proximidade aos problemas de integração”.

“Um país que sabe que só responde ao desafio demográfico com imigração, que só melhora o seu ensino superior com internacionalização e que só é melhor com integração é um país que hoje só pode estar feliz”, afirmou.

Na mesma ocasião, o reitor da UA, Paulo Jorge Ferreira, disse que a abertura deste centro representa “uma atenção crescente, de proximidade aos estudantes internacionais, que são em número cada vez maior”.

“Este local é para eles, para integrar, porque acho que uma Universidade deve cativar, deve inspirar e, depois, deve transformar e estas dimensões têm que estar presentes na nossa relação com todos os estudantes, inclusivamente com os internacionais”, disse.

A cerimónia de inauguração do CLAIM da UA contou com uma atuação de um coro de estudantes universitários, que interpretaram “Imagine”, de John Lennon, e “What a wonderful world”, de Louis Armstrong, e um momento de dança, protagonizado por um grupo de alunos timorenses.

Segundo uma nota da Reitoria, este CLAIM é “uma aposta no reforço do apoio institucional que se pretende colocar à disposição da comunidade académica internacional” que, entre estudantes, pessoal técnico, administrativo e de gestão, investigadores e docentes, conta com cerca de 2.500 pessoas.

Um dos “grandes objetivos” do CLAIM da Universidade de Aveiro, segundo o texto, é “promover o acolhimento e a integração da comunidade internacional da Academia, criando as condições necessárias para uma experiência positiva para todos os que estudam ou trabalham na UA, minimizando eventuais constrangimentos relacionados com os processos de regularização no país e de acesso aos diversos serviços públicos disponíveis”.

O Centro de Apoio terá atendimento personalizado e a colaboração de técnicos para prestar informação geral e apoio especializado em áreas diversas, tais como a regularização da situação em Portugal, a atribuição da nacionalidade, o alojamento, o reagrupamento familiar, matérias de índole profissional, o acesso aos serviços de saúde, ao ensino e à formação, entre outros.

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