Desde que os trabalhistas britânicos voltaram ao poder há seis meses e o país foi abalado por distúrbios anti-imigração entre 30 de julho e 5 de agosto, que Musk tem feito diversos comentários sobre a situação atual do Reino Unido, afirmando que uma "guerra civil" é "inevitável".

O magnata, proprietário da rede social X, criticou especialmente o governo de Keir Starmer, acusando-o de reprimir com grande severidade os manifestantes e de dirigir "um estado policial tirânico".

Associações de apoio especializado à vítima de violência sexual:

Quebrar o Silêncio (apoio para homens e rapazes vítimas de abusos sexuais)
910 846 589
apoio@quebrarosilencio.pt

Associação de Mulheres Contra a Violência - AMCV
213 802 165
ca@amcv.org.pt

Emancipação, Igualdade e Recuperação - EIR UMAR
914 736 078
eir.centro@gmail.com

Musk, o homem mais rico do mundo e aliado-chave do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, mencionou na quinta-feira no X um caso de exploração sexual de mais de 1.500 meninas no norte da Inglaterra entre 1997 e 2013, no qual as autoridades foram culpadas por não terem tomado providências.

"No Reino Unido, crimes graves, como violação, requerem a aprovação da acusação antes que a polícia possa acusar os suspeitos. Quem estava no comando da CPS (a procuradoria-geral britânica) quando os gangues de violadores podiam explorar meninas sem enfrentar a justiça? Keir Starmer", escreveu.

"Deveriam ser organizadas novas eleições no Reino Unido", acrescentou.

Perante essas críticas, o ministro britânico da Saúde, Wes Streeting, reagiu nesta sexta-feira numa entrevista à emissora de televisão ITV.

"Eu acho que algumas das críticas feitas por Elon Musk são erros de julgamento e certamente está mal informado", respondeu o ministro.

"Mas estamos dispostos a trabalhar com Elon Musk, que eu acredito que tem um papel importante a desempenhar com a sua rede social para nos ajudar, a nós e a outros países, a abordar esse grave problema. Se quiser trabalhar connosco e conectar, ficaremos felizes em recebê-lo", continuou Wes Streeting.

Nas suas mensagens de quinta-feira nas redes sociais, Musk também exigiu a libertação do agitador britânico de extrema-direita Tommy Robinson, recentemente condenado pelos tribunais a 18 anos de prisão por desrespeitar uma decisão judicial que o proibia de repetir comentários difamatórios sobre um refugiado sírio.