Inverter a escassez de militares nos vários ramos das Forças Armadas “é um desafio comum a muitos países europeus” e um desafio “de médio e longo prazo” que exigem “uma resposta múltipla”, disse o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho.
À margem da cerimónia militar de juramento de bandeira do 1.º Curso de Formação de Sargentos em Regime de Voluntariado e em Regime de Contrato, nas Caldas da Rainha, o ministro da Defesa afirmou que o Governo está a trabalhar em “vários fatores” com o objetivo de aumentar a atratividade das Forças Armadas.
Nomeadamente, disse, num plano de profissionalização para “criar melhores condições para os três r’s: recrutamento, retenção e reinserção na vida civil”, para os militares que no final da carreira deixam o Exército.
Segundo João Gomes Cravinho está também em marcha um “plano de igualdade” com o propósito de “atrair mais mulheres” para as Forças Armadas.
A melhoria das condições de habitabilidade dos quartéis e aumentos salariais são outros dos “fatores de atratividade” referidos pelo ministro.
Não menos importante, salientou João Cravinho, é “a questão salarial”.
“Queremos militares que venham por vocação, mas, obviamente também têm que ter condições razoáveis de compensação monetária”, disse, lembrando o aumento do salário para os militares no escalão mais baixo, que subiu de 580 euros o ano passado para os atuais 630.
João Gomes Cravinho falava os jornalistas no final de uma visita à Escola de Sargentos do Exército (ESE), nas Caldas da Rainha, que hoje assinalou os 38 anos de existência da instituição onde cumpriu serviço militar e foi professor.
Criada em 1981, após a extinção do Regimento de Infantaria 5 (RI5), a ESE ministra cursos de formação de Sargentos com vista ao ingresso no quadro permanente e cursos de progressão na carreira.
Em 38 anos foram ali formados 12.550 sargentos.
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