“Há trabalho interno do IASFA, há trabalho no plano do Governo. Tenho dialogado com sucesso com o senhor ministro das Finanças na procura de soluções para o IASFA, e aquilo que nós podemos dizer é que aqueles que beneficiam do IASFA hoje e no futuro, podem estar descansados porque o IASFA continuará a sua missão de apoio à família militar”, garantiu.
O ministro da defesa, o secretário de Estado Adjunto e da defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches, e a secretária de Estado dos Recursos Humanos e Antigos Combatentes, Catarina Sarmento e Castro, visitaram hoje o centro de apoio social de Oeiras do IASFA.
Apontando que encara 2020 “com otimismo”, o ministro assinalou que “o IASFA é um trabalho permanente em curso” e que a ambição do Governo “é conseguir, por um lado, equilibrar as contas, por outro lado, continuar a servir os beneficiários do IASFA”.
Na ocasião, Gomes Cravinho assinalou que ao longo desde ano é necessário “continuar, por um lado, a pagar as dívidas que vêm do passado e, por outro lado, também alargar a novas frentes”, o que considerou ser “um bocado uma quadratura de círculo”, porque seria mais fácil equilibrar as contas com cortes nos benefícios oferecidos, mas “não é esse o objetivo”.
“E estamos no bom caminho”, garantiu, assinalando que o memorando de entendimento assinado em outubro, e que define as bases do plano de regularização de dívidas do IASFA “foi fundamental para isso”.
O ministro afirmou-se igualmente “confiante que este ano que agora abre, o ano que vem, serão anos” em que será possível “ver esse processo consolidado” e ver “o IASFA a corresponder plenamente aquilo que são as ambições de todos”.
Na ótica do ministro, 2019 foi um ano em foram enfrentadas “algumas das maiores dificuldades com que o IASFA se confrontava”, mas foi possível “terminar o ano já com ideias, perspetivas diferentes quanto ao futuro” daquele instituto.
O ministro da Defesa observou que o instituto consegue verbas “através desde acordo com o Ministério das Finanças” e do Orçamento do Estado, mas apontou que o IASFA tem “necessidade de mais receita” e “precisa de angariar mais dinheiro através dos seus recursos próprias”.
Um dos exemplos dessa angariação de receitas próprias é a colocação de 130 apartamentos para arrendamento por parte dos beneficiários do IASFA.
“Isso também é uma forma de rentabilização do património, de angariação do dinheiro necessário para continuar a servir todos aqueles que beneficiam” daquele organismo, defendeu, acrescentando que “há todo um trabalho menos visível de melhoria de gestão do IASFA que está em curso e que vai permitir também fazer mais e melhor, sem gastar mais, com o mesmo montante de receita”.
Na intervenção que fez no final da visita aquele espaço, o ministro da Defesa confidenciou que “na primeira conversa” que teve com o primeiro-ministro aquando do convite para integrar o Governo, António Costa falou “na importância de dar um caminho novo, um apoio novo ao IASFA”.
João Gomes Cravinho aproveitou ainda para destacar o papel da família militar, o que faz “com que Portugal tenha uma dívida permanente em relação, não só aos seus militares, mas em relação à família militar”.
Por seu turno, o presidente do Conselho Diretivo do IASFA, tenente-general Campos Serafino, afirmou que o organismo está ciente das dificuldades, “que são grandes”, mas também ele se mostrou confiante em relação ao futuro ao nível do equilíbrio financeiro e da melhoria do apoio aos beneficiários.
De acordo com o tenente-general, está a decorrer um concurso para atribuição de 55 casas espalhadas pelo país, e que vai ser lançado outro com vista ao arrendamento de 130 apartamentos a “necessitarem de pequenas obras”.
Quanto ao memorando conjunto entre os ministérios da Defesa e das Finanças relativo ao sistema de Assistência na Doença aos Militares (ADM), o presidente do Conselho Diretivo do IASFA precisou que foi saldado um “montante avultado” de dívidas a “mais de 650 entidades que fazem parte da rede de convencionado da ADM”, o que “foi muito bom”.
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