Azeredo Lopes questionou “se não chegou a altura de a NATO, que tem o `standard´ mais elevado que existe do ponto de vista operacional e do empenhamento, se não chegou a altura de essa Organização falar com as Nações Unidas, qualificar o `peacekeeping´ [ações de manutenção da paz].
Esse envolvimento da NATO poderia passar “não pelo empenhamento de forças”, mas por outros mecanismos que poderiam “dar uma contribuição extraordinária para a paz e segurança internacionais”, defendeu.
O ministro português da Defesa Nacional intervinha na abertura de uma reunião, na sala do Senado, no parlamento, promovida pela delegação parlamentar da AR à Assembleia Parlamentar da NATO e que reuniu os membros da Subcomissão para o futuro das capacidades de segurança, presidida pelo deputado João Rebelo, e o grupo especial para o Mediterrâneo e Médio Oriente.
Perante cerca de 40 representantes de Estados-membros da NATO, Azeredo Lopes sustentou que hoje a organização “vai ter um papel fundamental a desempenhar onde é mais difícil, no `flanco sul´ mediterrânico, num `peacekeeping´ quase sempre ignorado”.
Para o ministro português da Defesa, “hoje a NATO não pode encarar-se como autossuficiente do ponto de vista global para a resolução de todas as questões que contendam com a segurança e a defesa”.
“Não é relativizar a importância da Organização, é entender que a organização enquanto tal não pode querer resolver todas as questões e isso é particularmente sensível no que se refere ao flanco sul”, defendeu.
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