Ionas Nicolaou informou que ia abandonar o cargo por uma questão de “consciência e princípios”, mas sublinhou não ter qualquer responsabilidade dos “alegados lapsos” da polícia relativamente à forma como lidou com o desaparecimento de pelo menos cinco mulheres e duas crianças estrangeiras.
Segundo adiantou, a principal razão para a sua demissão, já aceite pelo Presidente do Chipre, é que as falhas cometidas não afetam apenas a polícia, mas também as “atitudes e perceções [da sociedade] que não honram ninguém”.
Um capitão do exército cipriota admitiu ter matado sete mulheres e meninas, mas a polícia continua à procura dos corpos de três das vítimas.
Segundo o suspeito, de 35 anos, as mortes foram cometidas ao longo dos três últimos anos e visaram mulheres que tinha conhecido em sites de encontros online, além das filhas de duas delas.
O caso, sem precedentes no Chipre, tornou-se um escândalo político, com partidos e associações de imigrantes a acusarem as autoridades de serem demasiado lentas ou mesmo de não terem investigado o desaparecimento das mulheres por todas elas serem estrangeiras.
Três das vítimas foram encontradas em malas, num lago de águas tóxicas de uma mina abandonada perto de Nicósia e uma outra foi encontrada morta num poço na mesma zona.
Entre os cadáveres já identificados contam-se duas mulheres e uma menina, de seis anos, filipinas, outra mulher e uma menina, de oito anos, romenas, e ainda uma outra mulher nepalesa.
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