Em entrevista ao Jornal da Noite da SIC, Adalberto Campos Fernandes disse que não existe "nenhuma guerra com os 42 mil profissionais de enfermagem", mas sim com um grupo que tem "violado todos os princípios da lei e da ética".
O ministro foi questionado na SIC sobre o protesto dos enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia, que se tem recusado a cumprir funções especializadas enquanto não receberem de acordo com a sua especialização.
Para o ministro da Saúde, "é impossível em três meses fazer aumentos salariais de 100% ou 200%”, considerando que está a ser feita uma chantagem à margem da lei.
Para o Governo, a renúncia a um título de especialista não é executável, com o ministro a reforçar que o protesto é "ilegítimo, ilegal e imoral".
Sobre a Ordem dos Enfermeiros, que tem apoiado este protesto, Campos Fernandes observou que é uma estrutura "que se arroga de funções sindicais".
Relativamente à greve convocada para os cinco dias úteis da próxima semana, o ministro recordou que a interpretação do Governo é a de que a sua marcação foi irregular por não ter cumprido os dez úteis necessários ao pré-aviso.
Segundo o governante, quem cumprir estes dias de greve arrisca-se às consequências previstas na lei, que podem passar pela marcação de faltas.
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