“Foi com profunda consternação que recebi a notícia do falecimento do professor Fernando de Pádua”, diz Manuel Pizarro na mensagem de condolências à família e amigos.
O cardiologista Frenado de Pádua, conhecido como “o médico do coração” e pelas lutas que encetou contra o tabagismo e o abuso do sal, morreu hoje aos 95 anos de idade, anunciou a Fundação com o seu nome.
Na missiva de pesar, o ministro da Saúde destaca o papel “absolutamente pioneiro” do cardiologista na prática e divulgação da prevenção, e na educação para a saúde “sempre em prol do bem-estar e da saúde dos portugueses”.
“Por tão nobre missão, recebeu o Prémio Nacional de Saúde, em 2007, e o Prémio Saúde Sustentável, em 2018”, recorda o ministro.
Realçando que Fernando de Pádua é “um nome maior na consolidação” da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Manuel Pizarro lembra ainda o percurso de vida “longo, singular e notável” pela vontade de viver.
“Conciliou sempre as suas qualidades humanas, próximo, alegre e disponível, com a excelência profissional, ao dedicar uma parte substancia da sua vida à promoção de hábitos de vida saudáveis”, refere.
Manuel Pizarro afirma ainda que o legado do “professor do coração” se perpetuará “no enorme lastro” do trabalho que deixa, assim como através da missão da Fundação Professor Fernando de Pádua.
“O Ministério da Saúde presta a mais sentida homenagem a Fernando de Pádua pela dimensão humana e exercício da sua missão enquanto médico”, acrescenta.
Professor catedrático jubilado e presidente do Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva, Fernando de Pádua fez o curso na Faculdade de Medicina de Lisboa e uma pós-graduação em Cardiologia em Harvard.
Foi fundador da Fundação Portuguesa de Cardiologia e cofundador da Sociedade Internacional de Eletrocardiografia.
Em 1997 recebeu a Medalha de Ouro por Serviços Distintos, entregue pela ministra da Saúde na altura, Maria de Belém Roseira, e, em 2005, foi agraciado com o Grande Colar de “Oficial da Ordem de Santiago da Espada” pelo Presidente da República Jorge Sampaio.
Em 2007, recebeu o Prémio Nacional de Saúde, atribuído pela Direção Geral da Saúde (DGS). O júri deste galardão reconheceu "o pioneirismo e a dedicação do trabalho de promoção e prevenção" realizado pelo médico cardiologista.
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