“Este é um acordo intercalar, é o acordo possível do Governo. São conhecidas as circunstâncias políticas em que nos encontramos, é o limite a que podíamos chegar e foi um esforço muito grande de parte a parte, da nossa parte e também da parte do Sindicato Independente dos Médicos (SIM)”, disse Manuel Pizarro, no fim das negociações com os sindicatos representativos dos médicos.
O acordo foi apenas alcançado com o SIM, uma vez que a Federação Nacional dos Médicos (Fnam) recusou aceitar a proposta da tutela.
O ministro disse que se trata de um “enorme esforço” para atrair e reter profissionais no Serviço Nacional de Saúde (SNS), sustentando que o acordo valoriza a carreira médica.
“Os médicos em início de carreira, os especialistas, têm um aumento remuneratório praticamente de 15% (14,6%), depois têm um aumento de 13% na segunda fase da carreira e um pouco superior a 11% na fase (…) mais elevada da sua carreira. Esse é o acordo possível, porque, ao mesmo tempo (…), cerca de 2.000 médicos das USF [Unidades de Saúde Familiar] modelo A ou das unidades de cuidado de saúde personalizados que passam para as USF modelo B vão ter um aumento de cerca de 60%”, salientou.
“Estamos a falar de um esforço muito grande do Estado para retribuir aquela que é uma profissão central para a vida pública dos portugueses”, acrescentou.
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