Adalberto Campos Fernandes falava aos jornalistas após participar na apresentação dos resultados do desafio “STOP Infeção Hospitalar!”, na Fundação Gulbenkian.
Também questionado pelos jornalistas o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, igualmente presente na cerimónia, disse apenas que a greve faz parte da “legalidade da vida democrática”.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) marcaram uma greve para terça, quarta e quinta-feira, em protesto pelo que dizem ser a degradação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e das condições de trabalho dos médicos.
Ao dizer que respeitava os sindicatos, Adalberto Campos Fernandes acrescentou que "se os profissionais têm razão na maior parte das coisas que pedem” cabe ao Governo governar, sendo que não se pode resolver tudo ao mesmo tempo e o SNS tem que perdurar “por mais 10, 15 ou 20 anos e em boas condições”.
O ministro disse que muitas vezes não é possível aceder a todas as reivindicações, que não é apenas no setor da Saúde que há greves, negou que haja atualmente um desinvestimento no SNS e deu exemplos de investimentos que têm sido feitos em diversos setores.
Nas declarações aos jornalistas o ministro salientou sempre que é fundamental para o SNS ser-se responsável, que um governo responsável não toma opções que possam comprometer o futuro, e disse que “já se avançou muito em diferentes frentes profissionais” e que não se pode comprometer o que tem sido ganho até agora.
O ministro salientou o acordo de sexta-feira com os sindicatos que representam os trabalhadores de saúde das carreiras gerais, um setor que tem sido “esquecido”.
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