O anúncio de que a sede da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) sairia de Lisboa para o Porto foi feito por Adalberto Campos Fernandes durante uma conferência em Lisboa e apanhou de surpresa os trabalhadores da instituição.
A esmagadora maioria dos funcionários manifestou já que não está disposta a ir para o Porto.
Adalberto Campos Fernandes admitiu que a decisão de transferência da sede foi “muito mal comunicada” e assumiu as responsabilidades por essa má comunicação.
“Foi muito mal comunicada e o responsável por essa má comunicação tem um nome: sou eu. E é por isso que assumo as minhas responsabilidades e terei agora de explicar detalhadamente, de trabalhar detalhadamente com todos, para que essa comunicação seja recomposta”, afirmou Adalberto Campos Fernandes aos jornalistas, no final de uma comissão parlamentar de Saúde, a 29 de novembro.
O ministro anunciou depois a criação de um grupo de trabalho que vai avaliar esta deslocalização, o qual tem de apresentar um relatório até fim de junho do próximo ano.
O grupo de trabalho, coordenado pelo antigo presidente do Infarmed Henrique Luz Rodrigues, deve realizar uma “avaliação de caráter técnico e científico”, bem como analisar os impactos a nível nacional e internacional da deslocalização da sede da Autoridade do Medicamento, que o Governo quer colocar no Porto.
De acordo com o despacho assinado pelo ministro Adalberto Campos Fernandes, ao grupo de trabalho compete “a avaliação dos cenários alternativos para a implementação da deslocalização do Infarmed para a cidade do Porto”, que deve ser feita “num quadro de total autonomia e independência técnica e científica”.
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