João Gomes Cravinho falava na cerimónia de inauguração da estação e do Posto Marítimo, no porto de pesca de Quarteira, concelho de Loulé, onde esteve acompanhado pelo diretor-geral da Autoridade Marítima Nacional (AMN).
“Estamos a corresponder às necessidades de uma população que acorre às praias e usa as águas também para a sua vivência - os pescadores - e dos desportistas que fazem o desporto no mar e que precisam do apoio desta estrutura”, afirmou aos jornalistas o titular da Defesa
O ministro revelou que, desde maio, a estação salva-vidas já interveio em “51 ocorrências”, que representam “vidas salvas” e “só por isso” já foi recuperado o investimento feito pela Câmara Municipal de Loulé e pela Docapesca, numa colaboração com a AMN no “cumprimento desta ambição, que corresponde servir da melhor maneira a população”.
Já o diretor-geral da Autoridade Marítima Nacional realçou que os tripulantes da estação de salva vidas “passam a ter instalações no porto de Quarteira”, o que permite uma prontidão “de meia hora” e uma “maior rapidez na resposta” do que ter de “deslocar uma lancha do porto de Ferragudo”, no concelho de Lagoa, a quase 40 quilómetros de distância.
Considerando que no âmbito nacional o dispositivo “está equilibrado”, o vice-almirante Luís Sousa Pereira classificou a situação de Quarteira como a “mais premente e preocupante”, com “algum ajuste que possa ser feito” nas outras estações a centrar-se “mais no tipo de embarcação e não na sua localização”.
Sousa Pereira avançou que este é “um processo feito por fases”, ficando agora em Quarteira uma embarcação semirrígida de seis metros com dois motores de 60 cavalos, havendo, até ao final do ano, um reforço com “outra embarcação de média capacidade com dois motores de 250 CV”.
Em Quarteira ficarão, por enquanto, quatro tripulantes, existindo um plano gradual que pretende equipar todas as estações com “seis elementos”.
O Algarve passa a ser servido por seis estações salva-vidas (Sagres, Ferragudo, Quarteira, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António) num total de “26 tripulantes”.
Nesta ocasião foi também inaugurado o posto marítimo que irá acolher os elementos da Polícia Marítima que até agora estavam num espaço alugado “no meio da cidade” e que passam agora a ter “melhor condições”, revelou Sousa Pereira.
“Isto é um dois em dois, porque aumentamos significativamente a capacidade de atuar no âmbito quer policiamento quer do salvamento, mas também criámos melhores condições para os nossos homens e mulheres que trabalham na AMN para continuarem com essa vontade de prestar um serviço público de qualidade”, defendeu diretor-geral da AMN.
Nesta visita ao Algarve, o ministro da defesa nacional inaugurou ainda o Monumento aos Antigos Combatentes de Alte, no interior do concelho louletano, e prestou homenagem aos naturais daquela aldeia que combateram ao serviço do país.
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