“Este ano com o apoio às empresas, os projetos das juntas de freguesia e com os projetos das comissões de coordenação são mais de três milhões de euros que vão ser dedicados à economia circular”, afirmou João Pedro Matos Fernandes, nas Caldas da Rainha, à margem do Congresso Empresarial do Oeste, que encerrou.
No âmbito do Plano de Ação para a Economia Circular, cuja primeira fase vigora até 2020, e que abrange ações de nível nacional, setorial e regional, o executivo abriu o ano passado “avisos de cerca de um milhão de euros”, mas o governante acredita que “a verba vai aumentar certamente” em 2019.
Já no discurso de encerramento da iniciativa, o ministro sublinhou que a economia linear, “base de toda a atividade socioeconómica, está a falhar”, e que se se quiser “alimentar, vestir, garantir a saúde e a habitação, produzir, comercializar e dar emprego aos 10 mil milhões de pessoas que irão habitar este planeta” é preciso adotar “um modelo de desenvolvimento circular”.
Se for acelerada a transição para uma economia circular, a estimativa de ganhos até 2030 é de “1,8 biliões de euros, entre um a três milhões de empregos” e “a redução entre 2 a 4% do total de emissões de gases com efeito de estufa na Europa”.
Daí que, não querendo “ficar de fora deste movimento”, o Governo tenha lançado o Plano de Ação para a Economia Circular, em que se inserem as medidas já lançadas de fiscalidade para os plásticos ou as agendas regionais que estão a ser desenvolvidas pelas comissões de coordenação.
Mas, lembrou João Pedro Matos Fernandes, “existem outras políticas em curso” como “a digitalização na administração pública [Simplex], as compras públicas ecológicas ou o trabalho feito na indústria 4.0”.
Ao discursar para empresários da área conhecida como “o mercado abastecedor de hortícolas da região de Lisboa e Vale do Tejo”, o governante desafiou o setor produtivo a não esperar “por soluções chave na mão” e a pôr em prática os princípios da economia circular no setor primário.
Caso contrário, “de um modelo linear que esgota esse recurso apenas decorrerá um resultado, insustentabilidade”, alertou João Pedro Matos Fernandes Pedro
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