“O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), Manuel Heitor, repudia veementemente os alegados factos e abusos reportados pela comunicação social sobre uma estudante do ensino superior numa das noites da Queima das Fitas na cidade do Porto, assim como o caso que envolve uma estudante da Universidade do Minho, cuja queixa chegou já à Polícia Judiciária por estar a circular na Internet um vídeo no qual aparece seminua na Queima das Fitas na cidade de Braga”, lê-se numa nota enviada à comunicação social.

Manuel Heitor lançou ainda um apelo a todos os dirigentes académicos e estudantis para que se “mobilizem” e “dignifiquem a integração dos estudantes no ensino superior”, defendendo que os eventos, celebrações e as festas de estudantes não servem para “promover a humilhação como tradição académica”, mas antes para “estimular oportunidades para impulsionar boas práticas de integração dos estudantes com mais cultura”.

“Este é um esforço que exige a mobilização coletiva de todos, sem exceção, e que urge garantir e promover nas nossas prioridades diárias”.

Para o ministro do Ensino superior, tanto os estudantes, como as organizações estudantis e os dirigentes das instituições, devem travar um “combate diário” às situações reportadas pela comunicação social das estudantes da Universidade do Porto e de Braga, defendendo a promoção da “liberdade e emancipação dos jovens e a sua integração no ensino superior”.

Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, os dois casos que vieram a público foram relatados à Inspeção Geral de Educação e Ciência para “análise detalhada no âmbito das suas funções legais”.

O caso do alegado abuso sexual de uma estudante da Universidade do Porto num autocarro durante a Queima das Fitas do Porto, evento que terminou domingo passado, está a ser averiguado pela Polícia Judiciária e o caso da Universidade do Minho já está a ser investigado também pela Judiciária.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social abriu entretanto um processo para analisar a divulgação, por parte do Correio da Manhã, de um vídeo com um “alegado abuso sexual sobre uma jovem” num autocarro do Porto e o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, por seu turno, informou que condena a divulgação daquele jornal e pela televisão do Correio da Manhã do vídeo onde se mostra um alegado abuso sexual de uma jovem num autocarro do Porto.