"Tudo isto tem que estar assegurado até ao final de janeiro para que possa abrir completamente ao trânsito na sua plenitude a A26, no troço entre Sines e Santo André, e é esse o compromisso que temos e é isso que vai exatamente acontecer", disse hoje à agência Lusa Pedro Marques.

O governante deslocou-se hoje ao final da tarde a Sines, para assinalar a retoma das obras na A26-1, num encontro informal, que decorreu ao ar livre, num dos acessos à via, com o presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), António Laranjo, em que participaram também técnicos da empresa e o presidente do município de Sines, Nuno Mascarenhas.

Pedro Marques revelou que a Infraestruturas de Portugal (IP) e a Sociedade Portuguesa para a Construção e Exploração Rodoviária (SPER) chegaram a acordo para a conclusão das obras da A26-1, um troço de cerca de 15 quilómetros, entre o porto de Sines e Vila Nova de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém.

"O que conseguimos desbloquear neste momento foram as condições de pagamento do ponto de vista do nosso lado e de acordo com a empresa que permitem realizar estas obras", acrescentou.

Além da conclusão das obras, o acordo visa a regularização da circulação rodoviária na estrada originalmente designada como Estrada Regional (ER) 261-5, que está condicionada com supressão de uma das duas faixas de rodagem em cada sentido, com sinalização temporária desde o início da intervenção, há cerca de seis anos.

Isso deverá acontecer "gradualmente", explicou, "há medida que as condições de segurança estão criadas".

A obra implica, entre outras intervenções, a conclusão das vias alternativas paralelas, acessos pedonais na zona urbana de Vila Nova de Santo André, atravessada pela autoestrada, e um novo acesso à Zona de Atividades Logísticas (ZAL) de Sines.

A negociação continua para outros investimentos em estradas, como no troço do Itinerário Complementar (IC) 1, entre Grândola e Alcácer do Sal, no litoral alentejano, cuja reparação tem sido reivindicada por utentes e autarcas, que apontam o "elevado estado de degradação da via" e onde nos últimos dois meses morreram quatro pessoas em acidentes de viação.

"Estamos a obter autorizações dos sindicatos financeiros financiadores, temos que obter as autorizações legais internas e o visto do Tribunal de Contas, quando isto tudo estiver reunido, e eu espero que isso aconteça nos próximos meses, criaremos as condições para lançar de imediato o concurso da obra", assegurou.

"Em 2017 a obra certamente estará a ser realizada, tenho a profunda convicção", disse.

As obras de conversão da ER 261-5 em A26-1, no traçado da via rápida já existente entre Vila Nova de Santo André e Sines, prevista no contrato da subconcessão Baixo Alentejo, começaram em 2010 e foram suspensas em 2012, tal como a construção da A26, entre Sines e Beja, tendo sido anunciada repetidas vezes a sua retoma, que não chegou a avançar.

A situação tem motivado protestos de utentes e de autarcas, que já promoveram três marchas lentas a reivindicar a conclusão das obras e reposição das condições de circulação rodoviária.