
A empresa refere, numa nota enviada hoje à agência Lusa, que, “tal como previsto”, os trabalhos de modernização desta ligação estão concluídos e que está a decorrer o processo de verificação dos requisitos da interoperabilidade ferroviária, para dar cumprimento à Diretiva (UE) 2016/797 – Interoperabilidade do sistema ferroviário na União Europeia.
“A verificação de Conformidade de Interoperabilidade Ferroviária tem vindo a ser desenvolvida com sucesso por entidade terceira contratada pela IP, NoBo - Organismo Notificado, destinando-se a garantir que todos os requisitos de interoperabilidade foram cumpridos, faltando nesta data a emissão do Certificado de Verificação CE”, adianta a empresa na mesma nota.
Como este certificado é “imprescindível para a emissão da Autorização de Entrada em Serviço”, não há “condições regulamentares” para retomar a circulação de comboios entre Mangualde, no distrito de Viseu, e Celorico da Beira, no distrito da Guarda, no dia 30 de março.
“Face a esta situação, o início da exploração comercial do troço Mangualde-Celorico da Beira fica agendado para domingo, dia 06 de abril”, informa.
A IP lamenta “esta nova alteração de calendário” e pede desculpa aos utilizadores, recordando que o serviço continuará a ser assegurado por autocarro para “minimizar os impactos aos passageiros da CP”.
O troço Mangualde-Celorico da Beira será o terceiro a reabrir na Linha da Beira Alta, totalmente encerrada à circulação de comboios desde 19 de abril de 2022.
Até agora foram abertos os troços Vilar Formoso-Guarda e Guarda-Celorico, este último a 25 de novembro de 2024.
Ficará a faltar a ligação Mangualde-Pampilhosa para repor toda a circulação ferroviária na Linha da Beira Alta, que tem 193 quilómetros entre a Pampilhosa e Vilar Formoso.
A via é considerada uma das obras fundamentais do Corredor Internacional Norte e destina-se a permitir uma ligação ferroviária para passageiros e mercadorias mais segura e rápida entre o Centro e o Norte do país e a fronteira com Espanha.
O investimento previsto para a modernização desta ligação ferroviária é de 600 milhões de euros.
A linha encerrou a 19 de abril de 2022 por um período anunciado de nove meses e deveria reabrir em janeiro de 2023. A Infraestruturas de Portugal veio depois a anunciar como data provável novembro de 2023, prazo que foi novamente alterado, passando a ser junho de 2024, que também não se concretizou.
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