“Há um percalço, com certeza, e estão a ser tomadas todas as medidas para que a capacidade seja plenamente edificada e dentro de pouco tempo tenhamos disponível uma capacidade que não exista, muitíssimo superior à situação anterior”, revelou João Gomes Cravinho.

À margem da inauguração da Estação Salva-vidas em Quarteira, no concelho de Loulé, o ministro defendeu que esta é “uma capacidade nova”, que “está ainda a ser testada” e cuja doutrina “está a ser finalizada”, realçando que os indícios têm sido “muito positivos e dentro de pouco tempo a capacidade estará completamente edificada”.

Em causa está o anúncio da FAP em suspender as operações com os seus ‘drones’ até à conclusão da investigação à aterragem forçada de um destes aparelhos no passado dia 05 de setembro no concelho de Alcácer do Sal, distrito de Setúbal.

Segundo a FAP, “até à conclusão” da investigação, “as operações com este tipo de aeronaves estão suspensas” frisando que, “nesta altura de maior risco, irá empenhar aeronaves tripuladas para a realização das missões de vigilância aérea e deteção de fogos”.

O ministro avançou que está a ser investigada “uma falha de motor” num dos ‘drones’ e que, enquanto não se entenderem completamente as causas deste incidente, os ‘drones’ “não voltarão a sair”, reforçando que espera que “daqui a uns dias a situação possa “voltar à normalidade”.

Entretanto, “porque o clima o exige, há meios aéreos tripulados a vigiar o território nacional” executando o trabalho que “os ‘drones’ farão em situações normais”, apontou.

João Gomes Cravinho lembrou que uma das vantagens destes aparelhos é “não serem tripulados”, não havendo por isso a “preocupação com vidas humanas” e que o aparelho em causa aterrou “longe de população e sem quaisquer danos materiais” ficando “em boas condições” e que “em princípio será recuperável”.

Quanto à críticas de alguns partidos a este processo, o ministro afirmou que quando se dá um passo novo “há muitos que criticam”, porque o passo “não é perfeito” ou “as circunstâncias não são ideais”, mas defendeu que se se der “um passo atrás” e se olhar “para a realidade”, os ‘drones’ são “um avanço importante na capacidade de vigiar o território nacional”.