“Nós estamos a falar de um acidente que poderia ter acontecido, infelizmente, em qualquer escola ou em qualquer lugar onde haja vidro. Acho que qualquer associação entre a tragédia e as diferentes condições que as escolas têm é de mau gosto”, afirmou hoje o governante, na Covilhã, à margem da visita à Escola Secundária Campos Melo, que comemora 140 anos.
O ministro da Educação, na deslocação ao distrito de Castelo Branco, enviou condolências à família e à comunidade educativa, informou estar em contacto com a diretora da escola e considerou a “situação trágica, lamentável”, mas acrescentou não estar relacionada com as características da unidade de ensino.
“De acordo com a informação que tenho, não tem nada que ver com as condições específicas da escola”, frisou o ministro.
Uma jovem de 17 anos morreu na tarde de quinta-feira na sequência de ferimentos graves após ter embatido numa porta de vidro na Escola Secundária de Seia, no distrito da Guarda.
João Costa adiantou que está em curso o “processo de averiguações normal sempre que há uma tragédia” e sublinhou que, de acordo com as informações de que dispõe, tratou-se de um acidente.
“As autoridades estão a investigar. O conhecimento que tenho é que foi um acidente”, salientou João Costa.
Segundo o ministro da Educação, em todos os projetos de intervenção em escolas, “mas também nas escolas que já existem”, são acauteladas “as maiores condições de segurança para os alunos e para todos os que trabalham na escola”.
De acordo com o segundo-comandante dos Bombeiros Voluntários de Seia, Marco Teixeira, o alerta foi recebido por volta das 13:48 e à chegada ao local a equipa pré-hospitalar deparou-se com a aluna caída no chão em paragem cardiorrespiratória com ferimentos graves na zona do tórax.
Foram ainda ativados para o local outros meios de socorro como a ambulância SIV (Suporte Imediato de Vida) de Seia e o helicóptero do INEM, que aterrou no recinto da escola.
Marco Teixeira explicou que a vítima acabou por ser transportada de ambulância para o hospital de Seia em manobras de suporte avançado de vida com o apoio da equipa do helicóptero do INEM, mas não foi possível reverter a situação.
Foram ainda mobilizados para a Escola Secundária de Seia uma equipa de psicólogos do INEM e elementos do serviço municipal de Proteção Civil.
O Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil Beiras e Serra da Estrela precisou à agência Lusa que estiveram no local um total de 30 operacionais dos Bombeiros Voluntários de Seia, da GNR, do INEM e dos serviços municipais de Proteção Civil.
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