"Portugal apela ao rápido restabelecimento da normalidade e da ordem constitucional no Gabão, tendo em conta os desenvolvimentos mais recentes", pode ler-se numa nota enviada às redações.

"O Ministério dos Negócios Estrangeiros, através da Embaixada de Portugal em São Tomé e Príncipe, que tem o Gabão na sua área de jurisdição, acompanha a situação no país, tendo estado em contacto com alguns dos cidadãos nacionais que residem naquele território", é referido.

No total, "cerca de 50 portugueses estão registados naquele posto consular, não havendo, até ao momento, qualquer
pedido de ajuda com vista à retirada do país".

O MNE frisa ainda que "as viagens para o Gabão são desaconselhadas, apelando-se também aos residentes no país que mantenham uma atitude vigilante e de recolha às suas residências, conforme pode ler-se nos conselhos aos viajantes do Portal das Comunidades do MNE".

"Para efeitos de contacto, relembra-se o número do Gabinete de Emergência Consular +351217929714/+351961706472", é aconselhado.

Na capital do Gabão, Libreville, após o anúncio oficial, durante a última noite, da vitória eleitoral de Ali Bongo Ondimba, um grupo constituído por uma dezena de militares declarou na televisão estatal ter "posto fim ao atual regime".

O Gabão faz fronteira com a República do Congo, Guiné Equatorial e com os Camarões.

A comissão eleitoral disse que o Presidente Ali Bongo Ondimba, no poder há 14 anos, tinha conquistado um terceiro mandato nas eleições de sábado, com 64,27% dos votos expressos, derrotando o principal rival, Albert Ondo Ossa, que obteve 30,77% dos votos.

Segundo os militares autores do golpe de Estado, o Presidente encontra-se em prisão domiciliária e há vários outros detidos, incluindo um dos filhos do chefe de Estado.