“Não nos deixemos desmoralizar pelos vaticínios catastrofistas dos bem-pensantes”, pediu Carlos Moedas, perante o 37.º Congresso Nacional do PSD, no Centro de Congressos de Lisboa.

Numa intervenção em que evocou o Governo PSD/CDS-PP, Carlos Moedas enalteceu o papel de Pedro Passos Coelho, designadamente a sua postura na crise de julho de 2013, quando Paulo Portas anunciou a demissão do Governo, que o então primeiro-ministro não aceitou.

“Quando chegámos ao Governo em 2011, os bem-pensantes sabiam que tudo ia correr mal. Sabiam que mais cedo ou mais tarde, a coligação ia colapsar. Não colapsou. Sabiam que mais cedo ou mais tarde, íamos falhar uma avaliação da ‘Troika’. Não falhámos”, apontou.

“Sabiam que mesmo cumprindo não escaparíamos a um segundo programa. Escapamo-nos. Sabiam que apesar de termos evitado o segundo programa, íamos obviamente ter uma derrota esmagadora nas eleições. Ganhámos as eleições”, acrescentou.

Também agora, defendeu Carlos Moedas, “os mesmos bem-pensantes vaticinam que Rui Rio vai perder as eleições de 2019″.

“Estão mais uma vez enganados”, declarou.

Ao introduzir um agradecimento público a Pedro Passos Coelho, Carlos Moedas recordou o dia 02 de julho de 2013: “Tudo parecia cair-nos em cima. Todos pensámos que era o fim. Só podia ser o fim”.

“Fui ao seu gabinete em São Bento e no caminho pensei: pela primeira vez vou vê-lo irritado, derrotado, fora de si. Hoje, pensei, não pode estar calmo. Hoje não pode estar como sempre o conheci. Mas estava”, contou.

Depois, “fez um discurso que ficará para a História, surpreendeu tudo e todos, estendeu uma mão conciliatória” e abriu caminho ao reforço do Governo.

“Melhorou a coligação e livrou-nos da ‘Troika’ menos de um ano depois”, disse.

Reveja a entrevista de Carlos Moedas a Tomás Gomes do SAPO24