Carlos Moedas foi o orador convidado do jantar conferência das jornadas parlamentares do PSD, que decorrem até terça-feira na Assembleia da República, e, apesar das críticas, assegurou que irá trabalhar com o executivo do PS “com lealdade institucional”.

“Mas não contem comigo para eu dizer o que o Governo quer ouvir, eu estou aqui para ser um incómodo, serei sempre que necessário um incómodo para o Governo”, garantiu.

Depois de fazer um balanço do seu primeiro ano de mandato autárquico, Carlos Moedas abordou temas nacionais e traçou a meta para o partido: construir o caminho para que o presidente do PSD, Luís Montenegro, seja primeiro-ministro.

“Liderar não é apenas discursar, não é ter palavras bonitas, não é vender um produto, liderar é fazer, antecipar, propor. Hoje no Luís temos exatamente isso: Luís queremos seguir-te”, afirmou, destacando “a audácia” do líder do PSD em matérias como o programa de emergência social, que propôs em agosto, ou o aeroporto, em que considera ter pressionado o Governo a agir.

Como exemplo do que classificou de “desnorte do Governo”, o autarca de Lisboa apontou o caso da TAP, que o Governo socialista quer privatizar, depois de ter revertido a privatização feita pelo Governo PSD/CDS-PP que integrou.

“Então nacionaliza-se, mas sem razão nenhuma, agora privatiza-se? Mas as pessoas percebem isto? Eu sinceramente não percebi”, afirmou, considerando que esta atitude “define um certo socialismo, um socialismo que não tem vergonha de dizer tudo e o seu contrário”.

Carlos Moedas foi mais longe e considerou que se vive atualmente na política portuguesa “um populismo ‘soft'”.

“Temos o verdadeiro populismo, temos os extremos, e devemos continuar a combater esses extremos, mas também há um certo populismo ‘soft, light’, que diz o que uns e outros querem ouvir”, criticou.

Para o autarca lisboeta, esta atitude marca a diferença com o PSD: “Nunca tivemos medo de dizer o que somos e ao que vamos, nunca tivemos medo de tomar decisões difíceis”, apontou.

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