“A neutralidade não protege dos mísseis, mas deve ser defendida e, por isso, somos obrigados a defender o nosso espaço aéreo”, disse Grosu à rádio Chisinau.

“Beneficiámos de um programa da UE no valor de 40 milhões de euros, inclusive para isto [defesa do espaço aéreo]. Falamos também com os nossos parceiros ucranianos e romenos porque têm sistemas muito melhores”, disse Igor Grosu numa emissão televisiva do canal Jurnal.

Qualificando o momento de “complicado”, Grosu referiu dois incidentes recentes, em que mísseis russos entraram no espaço aéreo moldavo, tendo um caído em Naslavcea, no norte do país, junto à fronteira com a Ucrânia.

A República da Moldova tem sido também alvo de ciberataques sem precedentes desde o outono passado.

“Nunca tivemos tal onda de ataques e não só a correspondência de autoridades foi alvo, mas sistemas informáticos inteiros. As nossas avaliações mostram que vieram da Federação Russa”, disse o chefe da legislatura moldava.

Grosu anunciou também que dará entrada no parlamento um projeto de lei sobre o Serviço de Informações e Segurança, que fornecerá ferramentas adicionais na luta contra a espionagem.

A República da Moldova está “cheia de espiões da Federação Russa”, disse Grosu, acrescentando que haverá novas emendas legislativas que irão endurecer as penas para crimes de traição e outros associados.