“Quem está interessado no debate é o casal de namorados da política portuguesa, que é o doutor António Costa e o doutor André Ventura, que hoje estão unidos no propósito de darem um beijinho um ao outro e o mesmo significa atacarem o PSD, portanto, juntarem-se no amor ao combate ao PSD e, de permeio, vão dando uns arrufozinhos”, afirmou.

O líder do PSD disse ainda que “o futuro de Portugal não depende do debate de hoje na Assembleia da República” mas sim das “soluções para os problemas reais” do país.

“O que quero dizer aos portugueses é que enquanto eles perdem tempo a debater dentro de quatro paredes assuntos recorrentes, independentemente da sua importância, eu estou na rua, no terreno, a falar com as pessoas, a ouvi-las, e a preparar um projeto de futuro e de esperança para Portugal”, vincou.

Montenegro falava aos jornalistas à entrada da escola secundária Solano de Abreu, em Abrantes, no âmbito da iniciativa "Sentir Portugal em..." que esta semana decorre no distrito de Santarém e que inclui contactos com a população, visitas a empresas e instituições públicas e privadas ou do setor social, entre outras.

“Não estamos favoráveis a esta iniciativa parlamentar mas não vamos dar uma ideia errada aos eleitores portugueses de que, de alguma maneira, temos alguma espécie de apoio político ao governo, porque nós censuramos o governo, só que fazemo-lo todos os dias, não fazemos com números políticos parlamentares”, disse Luís Montenegro.

O presidente do PSD voltou a responsabilizar o Governo pelos “quase 100 mil alunos” sem professor pelo menos a uma disciplina, alegando que a falta de docentes no país tem-se agravado anualmente.

O parlamento debate hoje uma moção de censura ao Governo apresentada pelo Chega, a terceira que o executivo enfrenta nesta legislatura, e que tem chumbo garantido devido ao voto contra da maioria absoluta do PS.

Além do PS, PCP e Bloco já anunciaram antecipadamente que vão votar contra a iniciativa, ao passo que o PSD se irá abster, isolando o Chega e a Iniciativa Liberal no voto favorável, tendo Luís Montenegro afirmado que o debate só interessa ao Chega e ao PS para “atacarem” o PSD.