O 100.º aniversário do Carnaval que se intitula “o mais português de Portugal” é o tema central do monumento que tem em destaque as figuras do seu primeiro rei, Álvaro André de Brito, e da sua primeira rainha, Jaime Alves, acompanhados pela comitiva real.

Criadas, ministros e matrafonas, o bobo da corte e um polícia apostado em manter a ordem enquanto a presidente da autarquia, Laura Rodrigues, se prepara para entregar as chaves da cidade aos reis da folia, são algumas das figuras em destaque na parte central do monumento, que conta este ano com um cenário para projeção de “documentários (vídeos e fotografias) sobre o Carnaval”, de acordo com a memória descritiva a que a agência Lusa teve hoje acesso.

“O mesmo local também servirá de palco para a possível realização de pequenos espetáculos de teatro, música, entre outros”, acrescenta.

Em ano de comemoração, o monumento presta tributo a várias pessoas que ao longo dos anos estiveram ligadas ao Carnaval, como Leonel Trindade, Edmundo Carnide, António Carneiro, Renato Valente, Luís Brandão de Melo, José Ramos, Kropotkine Vicente dos Santos, Carlos Cunha, José de Bastos, António Hipólito, os quais, segundo a nota explicativa, serão lembrados nos documentários, fotografias e vídeos que serão exibidos.

O monumento homenageia igualmente os artesãos “das artes de Carnaval” que ao longo dos anos participaram na criação dos carros e figuras carnavalescas, representados na forma de bonecos articulados.

Na escultura de grandes dimensões não falta, como de costume, um olhar satírico sobre a política internacional, este ano representada por jogo de xadrez entre Putin (presidente da Rússia) e a morte.

Já no que toca à política nacional, destaque para a figura do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel (natural de Torres Vedras) a ser atacado pelo presidente do Chega, André Ventura, enquanto o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, faz acrobacias no cimo do monumento onde não faltam o primeiro-ministro, António Costa, o seu antecessor, José Sócrates, entre outras figuras como o ex-presidente de Benfica Luís Filipe Vieira ou os apresentadores Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira.

De acordo com a Câmara de Torres Vedras, o monumento representou este ano um investimento de 60 mil euros.

A inauguração terá lugar às 19:00, antecedida por um desfile marcado para as 18:30, com a participação de cabeçudos, o grupo de percussão Ribombar, o grupo musical OSGA, as associações Ministros e Matrafonas, Marias Cachuchas, Lúmbias e SacÁdegas, a Real Confraria do Carnaval de Torres, Fidalgos e grupos de mascarados.

“100 anos de Carnaval de Torres Vedras” é o tema da edição de 2023, que terá lugar de 17 a 22 de fevereiro e marcará o início das comemorações do centenário, que decorrem até 14 de fevereiro de 2024, de acordo com um programa que será apresentado na próxima terça-feira.

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