No final da apresentação dos mandatários da sua candidatura, o antigo ministro do Ambiente foi questionado se se sentia excluído por não poder vir a integrar este órgão, depois de o PSD ter indicado Francisco Pinto Balsemão - o seu mandatário nacional - e o economista Miguel Cadilhe.
“Não, de modo algum, é uma decisão tomada pelo parlamento e bem. Se eu já fosse presidente do PSD hoje não me teria incluído na lista para o Conselho de Estado”, afirmou.
Para o antigo vice-presidente do PSD, “o líder da oposição tem uma forma de relacionamento direto com o Presidente da República” e “seria um pouco redundante” também integrar o seu órgão de aconselhamento.
“Considero que as escolhas que foram feitas pelos deputados do PSD são excelentes escolhas e não tenho nada a acrescentar”, afirmou.
Questionado sobre o mesmo tema, ao lado de Moreira da Silva, o militante número um e atual e provável futuro conselheiro de Estado manifestou uma visão diferente.
“É sempre útil que o dirigente máximo do PSD possa assistir a reuniões do Conselho de Estado que, sobretudo com o atual Presidente, têm muito interesse, até pelas pessoas que ele tem cá trazido, mas concordo que não é fundamental”, afirmou Pinto Balsemão.
Pouco antes, a eurodeputada Lídia Pereira, mandatária de Moreira da Silva para o Desenvolvimento Sustentável, tinha lamentado a falta de diversidade geracional e de género nos conselheiros de Estado.
“Se fosse eu a escolher se calhar não escolhia assim”, admitiu Balsemão.
O parlamento vota hoje os cinco representantes indicados por PS e PSD numa lista conjunta para o Conselho de Estado.
Os nomes indicados pelo PS foram o presidente do partido, Carlos César, o dirigente histórico Manuel Alegre, e o professor catedrático e ex-candidato presidencial António Sampaio da Nóvoa.
Os restantes dois nomes, indicados pelos sociais-democratas, são o antigo primeiro-ministro e fundador do PSD, Francisco Pinto Balsemão, e o antigo ministro das Finanças Miguel Cadilhe.
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