A notícia foi confirmada pelo Ministro da Defesa, Azeredo Lopes. O Governo já apresentou as "condolências" à família de Dylan Silva.

O militar de 20 anos estava internado desde dia 6 de Setembro no hospital Curry Cabral, em Lisboa, à espera de um transplante de fígado. Sentiu-se mal no curso de comandos e foi internado. Acabou por morrer neste sábado.

O porta-voz do Exército, o tenente-coronel Vicente Pereira, em comunicado diz que "é com profundo pesar e consternação que o Exército informa que faleceu hoje, dia 10 de setembro de 2016, pelas 09:25 horas, o Soldado Dylan Araújo da Silva".

O documento acrescenta ainda que "neste momento de luto, dor e sofrimento para a família e para o Exército", o General Chefe do Estado-Maior do Exército, General Frederico José Rovisco Duarte, "transmitiu à família todo o apoio e solidariedade".

O apoio psicológico aos familiares continua a ser assegurado através do Centro de Psicologia Aplicada do Exército, refere ainda o porta-voz.

Esta é a segunda morte de um militar na sequência do treino dos Comandos na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, que decorreu no passado Domingo. No dia do treino um militar morreu e vários outros receberam assistência hospitalar.

O caso já desencadeou investigações na Justiça – instauradas quer pelo chefe do Estado-Maior do Exército, quer pela Procuradoria-Geral da República - e levou à suspensão dos cursos de Comandos do Exército.

Questionado sobre as investigações em curso, o ministro da Defesa disse hoje que não irá fazer antecipações sobre eventuais conclusões quando ainda há trabalhos a decorrer.

“Não vou antecipar, opinar sobre o andamento da investigação quando se acaba de saber que se perdeu uma vida”, afirmou Azeredo Lopes, considerando “macabro e de mau gosto” eventuais considerações neste momento.

Já sobre a notícia do Expresso de que “Governo admite extinguir comandos”, o ministro da Defesa recusou comentar diretamente, afirmando apenas que se estivesse sempre a desmentir notícias não verdadeiras não faria outra coisa.