“Depois das obras feitas, [outro objetivo] é conseguirmos disciplinar o estacionamento, alterarmos passadeiras que estão mal colocadas – estão à frente da paragem do autocarro e deviam estar atrás – termos mais corredores BUS para aumentar a velocidade comercial dos autocarros e mais fiscalização aos carros que andam no corredor BUS”, enumerou à Lusa Vítor Pereira, da Associação Sindical do Pessoal de Tráfego da Carris (ASPTC).
Além disso, o sindicalista frisou ser importante existirem “grandes parques de estacionamento à entrada da cidade, onde as pessoas possam deixar os seus carros e onde o próprio passe possa pagar o parque e as pessoas possam utilizar o transporte público”.
Para Vítor Pereira, “isto é que é uma política de transporte, que nunca existiu no país”.
O representante mostrou-se ainda muito satisfeito com a passagem da gestão da Carris para a Câmara Municipal de Lisboa, afirmando ter “a esperança de que vai existir uma política de transportes que venha ao encontro das necessidades da população”.
“Temos consciência de que isto não se faz de hoje para amanhã. É capaz de demorar um, dois, três anos, porque há muita coisa para fazer”, disse o sindicalista, acrescentando que “o anterior Governo tentou assassinar a Carris”.
“Esta administração tem feito um esforço enorme para remediar as coisas, mas não pode ser feito à velocidade que queremos porque deixaram a empresa de pantanas. A Carris tem uma história, nunca poderia ter sido tratada como foi pelo anterior Governo, que a tratou como uma empresa de vão de escada”, frisou.
O Governo PSD/CDS-PP lançou em 2011 o processo de subconcessão das empresas públicas de transporte de Lisboa e Porto, tendo atribuído as empresas em Lisboa (Carris e Metro) ao grupo espanhol Avanza.
Quando assumiu funções, o Governo PS de António Costa suspendeu o processo de subconcessão e decidiu entregar a gestão da Carris à Câmara de Lisboa.
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