“Porque queremos deixar claro ao país e às partes que sempre estivemos de boa-fé neste processo, anunciamos, desde já, a suspensão temporária da greve a partir da hora de início da reunião a ser convocada pelo Governo, suspensão essa que produzirá os seus efeitos até ao Plenário Nacional de Motoristas de Cargas Perigosas, marcado para o próximo domingo, momento em que os motoristas irão decidir pelo seu futuro”, indica o SNMMP em comunicado divulgado hoje.

O sindicato explica que “considera que face à nomeação, hoje, de um Mediador da DGERT [Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho] para dar início às negociações com a Antram [Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias], entendeu que estão criadas as condições necessárias para todas as partes se sentarem à mesa”.

Os motoristas têm estado em greve desde segunda-feira (12 de agosto), uma paralisação que começou por ser convocada por dois sindicatos, o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e o Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), mas o SIMM desconvocou o protesto na quinta-feira à noite.

A decisão do SIMM surgiu perto das 23:00, na sequência de uma reunião no Ministério das Infraestruturas, gabinete onde se encontravam também dirigentes da Antram.

Esta decisão deixou o SNMMP sozinho no protesto, depois de esta estrutura sindical ter pedido na quinta-feira a mediação do Governo para chegar a um entendimento com a Antram.

O Governo começou por anunciar, na quinta-feira, que iria nomear um mediador para tentar terminar o conflito, mas, horas depois, disse que o processo de mediação não era viável, uma vez que a Antram disse que só negociava se a greve fosse desconvocada.

Agora, segundo o SNMMP foi hoje nomeado um mediador da DGERT para dar início às negociações com a Antram.

A greve fora convocada com o objetivo de reivindicar junto da Antram o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.

Na segunda-feira, ao final do primeiro dia de greve, o Governo decretou uma requisição civil, parcial e gradual, alegando incumprimento dos serviços mínimos.

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