“Rejeitada a providência cautelar, estamos a analisar fundamentos e vamos recorrer ainda hoje para tribunal superior”, disse Pedro Pardal Henriques em declarações à Lusa.
O advogado afirmou esperar que a resposta ao recurso seja rápida, depois de ter dito estar feliz pelo facto de a providência cautelar que deu entrada na quinta-feira já ter tido resposta hoje de manhã.
“Regozijo-me de, pela primeira vez em Portugal, ter conhecimento de que existe uma sentença proferida em menos de seis horas e espero que signifique também que a Justiça passará a ser mais célere”, referiu.
A TSF noticiou hoje, ao fim da manhã, que a providência cautelar que os sindicatos dos motoristas interpuseram contra os serviços mínimos foi rejeitada.
Na quarta-feira, o Governo decretou serviços mínimos entre 50% e 100% para a greve dos motoristas de mercadorias que se inicia na segunda-feira por tempo indeterminado.
Os serviços mínimos serão de 100% para abastecimento destinado à REPA - Rede de Emergência de Postos de Abastecimento, portos, aeroportos e aeródromos que sirvam de base a serviços prioritários.
O Governo decretou ainda serviços mínimos de 100% para abastecimento de combustíveis para instalações militares, serviços de proteção civil, bombeiros e forças de segurança.
Também para transporte e abastecimento de combustíveis, matérias perigosas, medicamentos e todos os bens essenciais destinados ao funcionamento dos hospitais e centros de saúde, entre outras unidades de saúde, o executivo decretou serviços mínimos de 100%.
Já para o abastecimento de combustíveis destinados aos transportes públicos foram decretados serviços mínimos de 75%, assim como bens essenciais destinados ao funcionamento dos serviços prisionais, lares e centros de acolhimento.
Também para o transporte de bens alimentares e de primeira necessidade e alimentação para animais em explorações foram definidos serviços mínimos de 75%.
Já nos postos de abastecimento para clientes finais, ou seja, para a generalidade dos consumidores, os serviços mínimos foram fixados em 50%.
O Governo fixou os serviços mínimos para a greve depois das propostas dos sindicatos e da associação patronal Antram terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluíam trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.
A greve foi convocada pelo SNMMP e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), que acusam a Antram de não querer cumprir o acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.
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