Com data marcada para os próximos dias 10 e 11 de março, na Culturgest, o programa da 2ª convenção nacional do Movimento Europa e Liberdade (MEL), divulgado à imprensa, prevê as presenças do líder do CDS-PP, que abre a iniciativa, e do ex-presidente e antigo ministro Paulo Portas, que intervirá, no segundo dia, sobre "os desafios da nova globalização, da desglobalização e de Portugal".
Reunindo várias figuras do espaço político da direita, o programa prevê as participações do deputado e presidente da Iniciativa Liberal João Cotrim de Figueiredo e de André Ventura, deputado e líder do Chega, que abordarão novas alternativas “ao espaço da extrema-esquerda e do socialismo radical”, no dia 11.
Entre os oradores estão também o ex-ministro Pedro Santana Lopes (Aliança), Carlos Guimarães Pinto (ex-líder da Iniciativa Liberal), e outras personalidades como o professor Jaime Nogueira Pinto, os sociais-democratas Miguel Morgado e Paulo Mota Pinto, o advogado José Miguel Júdice e ainda os economistas José Azevedo Pereira, António Nogueira Leite e Abel Mateus.
Em declarações à agência Lusa, o vice-Presidente do MEL, Paulo Carmona, adiantou que o movimento pretende ser “complementar aos partidos” como plataforma de comunicação que pretende juntar “pessoas que não se revêm nos partidos e também pessoas dos partidos”.
Paulo Carmona disse ainda que todos os partidos estão convidados a participar nesta reflexão, à exceção de partidos de “esquerda radical” que não se revejam no projeto europeu, em relação aos quais o MEL se quer constituir como “espaço alternativo”.
“Queremos escutar preocupações de todos os quadrantes políticos e ideológicos, de todos aqueles que se revêm num Portugal dentro da Europa, num Portugal democrático, livre”, afirmou.
O vice-presidente revelou que foram convidadas algumas personalidades da “ala moderada” do Partido Socialista, ressalvando que “quando um partido está no governo é sempre mais difícil angariar pessoas deste partido para debates na sociedade civil fora” do executivo.
Numa nota enviada à imprensa, Jorge Marrão, presidente e fundador do MEL, que lançou em maio de 2018 o manifesto inaugural do movimento, considerou que a 2.ª convenção nacional será “uma oportunidade de reflexão, de encontro, mas também de debate para uma parte considerável da sociedade portuguesa que não se revê no crescente radicalismo da esquerda”.
Nesta convenção, o MEL pretende responder a algumas perguntas como: “O Estado de Direito foi capturado pelos interesses?”; “A ditadura do politicamente correto está a destruir os fundamentos da comunidade?” ou ainda “quem protagoniza a alternativa à extrema-esquerda e ao socialismo radical?”.
“A lógica não é apontar o dedo” aos partidos, considerou Paulo Carmona, “é dizer que este é um sistema político que se calhar precisa de alguma revisão”.
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