Num evento criado na rede social Facebook, o protesto, intitulado “Ditadura Nunca Mais”, é promovido pela Frente Povo Sem Medo e pelo ativista Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e ex-candidato à presidência do Brasil.
Os organizadores do protesto alegam que Bolsonaro “com palavras, atacou a memória de Fernando Santa Cruz, desaparecido político da ditadura, revelando a sua cumplicidade com o crime e fez uma piada com 58 mortes em presídio no Pará”.
Na última segunda-feira, Bolsonaro causou polémica ao afirmar que o ativista – pai do atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz – foi morto por membros de uma organização política de esquerda chamada Ação Popular, versão que não coincide com a das agências responsáveis por investigar crimes políticos cometidos no país durante o regime militar.
O chefe de Estado brasileiro também recusou comentar um massacre ocorrido dentro de uma prisão no estado do Pará esta semana, que terminou com 58 mortos. Outros quatro reclusos que eram transferidos daquele presídio também morreram dentro de um camião durante o transporte para outra penitenciária.
Em declarações à imprensa, Bolsonaro afirmou que preferia saber o que as vítimas dos reclusos achavam do massacre.
Os organizadores da manifestação também criticam um decreto editado pelo ministro da Justiça do país, Sergio Moro, que autoriza a expulsão sumária de estrangeiros considerados perigosos.
Os organizadores acrescentam ainda que o Presidente brasileiro e o seu Governo atuam para “intimidar a sociedade e atacar quem resiste”.
“Ao mesmo tempo que atacam direitos conquistados na Constituição de 1988, como a Previdência Pública e a autonomia universitária, além de curvar a soberania nacional”, referem.
O protesto acontecerá na Avenida Paulista, no centro da maior cidade do Brasil, a partir das 18:00 (22:00 em Lisboa).
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