“O mundial é a oportunidade para mostrarmos um Portugal moderno, competitivo e acolhedor, e que somos uma ligação não só à comunidade lusófona, mas com muitos outros países com quem temos relações privilegiadas”, sintetizou.
Em declarações à Lusa, o diplomata defende que esta é também uma chance para Portugal “ser um parceiro singular na diversificação económica e na modernização económica da Rússia”.
Destaca a conjunção que é para os empresários lusos o mercado de 145 milhões de russos e revelou que, por isso, trabalha para que haja “mais mobilidade entre Portugal e a Rússia, entre portugueses e russos”.
“Putin (Vladimir, o presidente russo) tem feito várias referências aos saltos tecnológicos e abertura aos talentos. A Rússia ainda tem uma económica pouco diversificada, muito concentrada em algumas matérias primas. Tem feito muitas reformas estruturais, tem estabilidade macroeconómica, um sistema financeiro estável, rendimento médio a aumentar, uma classe media que tem viajado bastante e tem ido a Portugal”, exemplificou.
Em conjuntura de crescente tensão entre a Rússia e o mundo ocidental, Portugal é visto no anfitrião do Mundial como um “país amigo”, considerando que isso se deve ao facto das autoridades lusas terem mantido uma atitude coerente e promovido um excelente trabalho para salutares relações institucionais.
“Estamos a viver um bom momento, não obstante os condicionalismos conhecidos internacionais, no quadro da União Europeia e da NATO. Portugal tem defendido que as dificuldades sejam resolvidas pelo diálogo e cooperação”, justificou.
Aos adeptos portugueses que vieram ao Mundial, garante que a Rússia é “segura” e que os visitantes vão descobrir um “país moderno, com boas infraestruturas e uma grande potência em vários domínios, incluindo o cultural”.
“Aqui, na embaixada, estamos todos a trabalhar para o mesmo propósito. Quem está aqui a trabalhar, também põe a nossa bandeira e a nossa camisola”, concluiu.
Portugal integra o Grupo B do Mundial e joga a 15 de junho com a Espanha, em Sochi, a 20 em Moscovo, com Marrocos, e a 25 com o Irão, em Saransk.
Comentários