Segundo a nota de imprensa, “no final de 2017, a dívida do Município cifrava-se” em 36,4 milhões de euros, enquanto no ano anterior era de 41,2, destacando-se, ainda, “uma redução do prazo médio de pagamentos a fornecedores que se cifra agora em cinco dias”.

A Câmara acrescenta que “a redução dos níveis de endividamento, no sentido de garantir o equilíbrio financeiro, tem sido uma constante”, verificando-se, nos últimos oito anos, uma diminuição de 66%, ou seja, menos 71.565.275,46 euros”.

“A prestação de contas revela ainda um saldo global de 39.081.558,10 euros e uma poupança corrente de 26.014.802,18 euros, sendo o saldo corrente de 22.160.503,14 euros”, adianta.

Quanto “aos empréstimos a longo prazo, o total é de 35.627. 097,83 euros, o que significa uma diminuição de 61% face a 2009, enquanto as dívidas a fornecedores desceram, no mesmo período, 95%, de 16.773.974,09 euros em 2009 para 851.560,84 em 2017”, explica a mesma nota.

“As contas evidenciam resultados positivos de 20.061.884,49 euros, o que espelha a preocupação do executivo que dirige a Câmara no equilíbrio financeiro do Município, apesar do atual contexto económico e financeiro”, salienta.

Na declaração de voto, lida pelo vereador social-democrata Álvaro Madureira, a oposição considera que, “apesar de constatar-se um esforço para reduzir os resultados financeiros”, há um “excesso de cobrança global relativamente às receitas previstas inicialmente”.

Álvaro Madureira registou que o ano passado “foram efetuadas 29 modificações ao Orçamento Municipal” e “foram efetuadas 26 alterações e duas revisões ao Plano Plurianual de Investimentos”.

“Analisando a evolução da Despesa Global, verifica-se que em 2017, em relação ao ano anterior, a despesa corrente subiu 8% e a despesa de capital, anormalmente, subiu 34%”, observa o PSD, assinalando, por seu turno, que “as despesas de investimento, relativamente ao período homólogo anterior, apresentaram uma subida de 67% (10 milhões de euros)”.

Os vereadores do PSD referem também que em 2017 o “desinvestimento no pagamento dos empréstimos, em relação ao ano anterior, foi de 37% (cerca de 2,4 milhões de euros)”.

“O valor final obtido resultou, em muito, do acréscimo do valor do IMI [Imposto Municipal sobre Imóveis] cobrado às pessoas do concelho de Leiria, devido às novas reavaliações e do elevado valor do coeficiente exigido por esta autarquia”, notam igualmente.

Para o PSD, a “prestação de contas revela as políticas desenvolvidas ao longo deste ciclo político eleitoral”.

“Cobram-se exageradamente impostos de IMI, IRS, derrama, publicidade, água e saneamento caros, para acumular ano após ano e, em ano de eleições condicionar o voto dos munícipes”, acrescenta a declaração de voto.