“Foi inesquecível. Vivi lá dias e noites sem dormir ininterruptamente porque era uma sensação de viragem histórica e todos sentiam isso”, lembrou Marcelo Rebelo de Sousa, à margem da cerimónia de inauguração da sala D. João IV, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, após a conclusão do restauro.

O Presidente recordou o reencontro das pessoas dos dois lados da Alemanha - divididas pelo muro durante décadas e que representou a separação entre o lado ocidental e o lado soviético - e de haver quem, como ele, ter ficado com “um pequeno pedaço do muro” como recordação.

“As pessoas tinham a sensação de que era viver um momento único na história daquele povo, que era um povo único, [embora] dividido”, resumiu.

O Presidente da República, que estava em Berlim quando o muro começou a ser derrubado, na noite de 09 de novembro de 1989, afirmou que os 30 anos que se seguiram foram difíceis e que, ainda agora, há diferenças de desenvolvimento entre as regiões da Alemanha.

E foi nesta parte que admitiu que em todo o mundo, e até em Portugal, existem muros que precisam de ser derrubados.

“Que muros? Os muros da desigualdade e da pobreza, os muros da desigualdade económica social e cultural, os muros da incompreensão da intolerância cultural, os muros que agora estão a levantar-se outra vez, da exclusão daquilo que vem de fora, do que é diferente”, descreveu.

A solução é, para o chefe do Estado, demolir esses muros, que de “tanto em tanto tempo erguem-se”.

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